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terça-feira, 6 de novembro de 2012

Homenagem K!dea


“Quem sabe faz a hora não espera acontecer....”

Silvya Stuchi 
A cientista desenvolveu uma pele artificional que reduz o uso de animais em testes na indústria farmacêutica

Enquanto a irmã brincava de boneca, ela preferia observar insetos. Na escola, gostava de ciências. E quando ganhou dos pais um laboratório mágico, daqueles com fumacinha saindo dos tubos de ensaio, decidiu: "Vou ser cientista". "Sempre tive esse olhar curioso", conta Silvya Stuchi Maria-Engler, uma das mais renomadas cientistas brasi- leiras da nova geração. Aos 42 anos, essa bióloga lidera na Universidade de São Paulo (USP) pesquisas com o uso de uma pele artificial — idêntica à humana —, que permi- te avaliar a toxicidade e a eficácia de novas drogas para o tratamento de câncer. 

Seus estudos também ajudam as indústrias a testar produtos cosméticos, reduzindo a necessidade do uso de cobaias animais. Agora, ela luta pela criação de um centro nacional de testes alternativos. "A indústria cosmética europeia já baniu o uso de animais. Nossa pesquisa vai trazer esse avanço ao Brasil", afirma Silvya, com um carregado sotaque caipira. De Catanduva, no interior paulista, à Califórnia, onde fez seu pós-doutorado, a menina que gostava dos tubos de ensaio agora coleciona prêmios — como o de Paulistano do Ano da revista VEJA São PAUlo, em 2010, na categoria cientista. De família humilde e tendo estudado a vida toda em escola pública, ela ensina: "Dedicação é tudo". Por aAbio SchivArtche

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