segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

10 boas razões para o sexo sem compromisso

Essa vai para uma amiga que afirma só transar com um cara quando está realmente apaixonada – o que, segundo a lei das probabilidades, limita bastante o número de orgasmos ao longo da vida. Ok, entregar-se a alguém com quem se compartilha fortes sentimentos é lindo, fofo, romântico e blá-blá-blá… Mas se formos esperar pela pessoa ideal para curtir um pouco vamos gastar tempo demais dando murros na parede para desestressar.
Por isso, passei a última semana refletindo de forma prática e racional e cheguei aos melhores motivos para se explorar o prazer descompromissadamente. Eis o Top 10 (sem ordem de preferência) das razões para fazer sexo sem que o amor tenha nada a ver com a história. Use preservativos e seja feliz sem culpa.


Timing perfeito
Certa vez, uma conhecida saiu com um sujeito decidida a não ir para a cama com ele no primeiro encontro. Até deixou de se depilar acima do joelho para evitar a tentação. Pois, além do pretendente ser bonitão, a noite estava divertida e a conversa fluía como em um filme de Woody Allen. E quando se pegaram, a temperatura subiu acima do previsto. Tudo conspirava para acabarem sob os lençóis. Até se molharam com uma chuvinha de verão na frente da casa dela. Mas ela preferiu cortar o barato no portão, pois “não era a hora”. Mas era. Se a noite promete um clímax épico, voto por deixar rolar. Coito interrompido dói.


Chance única
De vez em quando, o universo nos brinda com uma oportunidade de ouro que precisamos agarrar. Alguma safadeza que você sempre quis experimentar, mas nunca encontrou alguém disposto ou estava com a pessoa certa na hora e lugar errados. Diante de um ménage à trois, por exemplo, acredito que nenhum cara pare e pense: “mas eu queria fazer isso com a mulher dos meus sonhos… e uma estranha qualquer”. Se ele for esperto, agradece aos céus e mergulha de cabeça, pois pode nunca mais acontecer. Alguns cenários (que tal sexo em piscina de bolinhas ou na seção de cama e banho de uma loja de departamentos?) são tão bons que se justificam por si só.


Selo vencido
Às vezes, a gente precisa de uma boa transa só para sair da entressafra antes de ficar enferrujado. Não digo para se atracar com o primeiro desavisado que vir na rua. Mas é bom manter a mente aberta para não desperdiçar boas experiências pesando demais os prós e os contras. Se servir para melhorar o humor e a auto-estima, já valeu a pena. Além disso, ficar tanto tempo sem sexo pode fazer com que seu nível de exigência caia progressivamente. A ponto de começar a abrir demais seu leque de opções. Antes só queria príncipe encantado e agora, subindo pelas paredes, já topa qualquer sapo.


Divindade
Não me admira que, segundo a mitologia grega, Zeus deixou tantos filhos entre os humanos. Como resistir a um deus do Olimpo? Hoje, as celebridades causam efeito semelhante. Nós, reles mortais, achamos que elas são de outro universo e estão sempre lindas, perfeitas e intocáveis. Bem, hoje em dia, qualquer eliminado do BBB é considerado famoso. Mas ainda restrinjo tal fetiche à esfera das estrelas de cinema, musas do esporte, divas da música e beldades das passarelas. Não amo a Charlize Theron nem a Jennifer Connelly, mas, se elas pedirem, dou até minha senha do banco. Uma noite, na balada, vi um barman que lembrava um James Franco menos chapado. E só isso bastou para ele ser assediado por todas as mulheres da casa.


Curiosidade
Você deve achar que comecei a apelar. Curiosidade?! Sim, é um ótimo motivo. Algumas pessoas têm um talento específico que nos deixa instigados demais para passar em branco. Pode ser um detalhe puramente físico (digamos… uma parte avantajada do corpo que seja impossível ignorar) ou apenas a forma como ela sensualiza tudo o que diz. Aquilo te excita e pede uma comprovação. Em “Porky’s”, clássico das comédias ultrajantes dos anos 80, um dos personagens fica muito curioso com a fama de uma colega de uivar enquanto goza. E ele não descansa enquanto não constata se aquilo é verdade ou não.


Romper a barreira da amizade
Vocês dois se divertem juntos, trocam confidências e até se ajudam na paquera com terceiros. Mas sentem que também poderiam se dar muito bem pelados. Só não avançam o sinal porque são amigos e temem que o sexo possa arruinar essa relação. Sinceramente, algumas amizades são para sempre e outras podem muito bem ser estragadas. Curtir uma paixão platônica está fora de moda. Se a amizade de vocês fosse realmente tão sólida quanto imaginam, não seria uma atraçãozinha à toa que iria abalá-la. No fundo, talvez vocês sejam melhor amantes que amigos. Melhor descobrir logo do que reprimir o desejo.


Autoconhecimento
Quando era moleque, odiava tomate. Minha mãe insistia em me dar e eu deixava tudo no prato. Era frescura de criança, pois nem provava. Hoje, por outro lado, adoro. Como saber do que a gente gosta sem experimentar? Não vale para tudo (nem preciso comer olho de cabra para saber se curto), mas, vez ou outra, é bom buscar algo diferente. Deixando as metáforas gastronômicas de lado, sexo também funciona como terapia – e, em cada sessão, descobrimos algo novo sobre nós mesmos. Tanto fisicamente quanto psicologicamente, já que, no calor de uma trepada gostosa, a gente costuma se surpreender com nossas próprias reações.


Elemento surpresa
Há muitas coisas que despertam o desejo sem que o amor entre em pauta. A sensualidade pode estar na escolha de uma roupa atrevida, a habilidade ao preparar uma comida exótica ou na forma como seus corpos se entrelaçam durante uma dança. É o algo mais que a gente não sabe explicar, mas que nos dá tesão. E, a meu ver, se outra pessoa sabe provocar o seu interesse – mesmo antes de conquistar seu coração –, o sexo já merece ser, pelo menos, considerado. Um amigo meu tem uma queda por mulheres roqueiras. Aquela que cantar para ele com uma voz rouca, ganha o cara na hora.


Aperfeiçoamento
Aos vinte e poucos anos, eu me achava o mestre do sexo oral (efeito de um elogio pontual no ego de um jovem inseguro). Até que uma garota falou com todas as letras que eu não manjava nada do assunto. Segundo ela, era afobado e gastava energia demais nos lugares errados sem dar atenção às áreas-chave. Em outras palavras, eu atirava para todo lado, mas não acertava o alvo. Lição assimilada. O aprendizado é sempre um bônus benvindo em uma boa noite de sexo. Como todo treinador esportivo sabe, a gente só aprende uma jogada repetindo-a várias vezes. Tentativa e erro, até acertar.


Adaptação
Respeito quem é contra sexo antes do casamento. Só acho que é igual comprar roupa pela internet. Você não tem certeza se o modelo te serve e já vai passando os dados do cartão de crédito. Deve ser péssimo perceber na lua-de-mel que vocês não são nem anatomicamente adaptáveis um ao outro. O sexo é um fator importante na vida de qualquer casal e é nos momentos de intimidade que ambos conhecem seus lados mais obscuros. Pode até existir paixão antes do sexo. Mas acho que ela só é plena na entrega ao desejo. Não há nada melhor do que um casal descobrir aos poucos do que cada um gosta. E evoluírem juntos na busca pelo prazer. Ou seja, até para se amar é preciso conhecer o outro na cama.

Por Alex Xavier

segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

Texto biográfico - Chiquinha Gonzaga GONZAGA, Chiquinha – (Francisca Edwiges Neves Gonzaga).

Compositora, instrumentista, regente. Rio de Janeiro, RJ, 17/10/1847–idem, 28/02/1935. Maior personalidade feminina da história da música popular brasileira e uma das expressões maiores da luta pelas liberdades no país, promotora da nacionalização musical, primeira maestrina, autora da primeira canção carnavalesca, primeira pianista de choro, introdutora da música popular nos salões elegantes, fundadora da primeira sociedade protetora dos direitos autorais, Chiquinha Gonzaga nasceu no Rio de Janeiro, filha do militar José Basileu Neves Gonzaga e de Rosa de Lima Maria. Estudou piano com professor particular e aos 11 anos compôs sua primeira música, uma cantiga de Natal: Canção dos Pastores.

Casou-se aos 16 anos, com um oficial da Marinha Mercante escolhido por seus pais. Poucos anos depois abandonou o marido por um engenheiro de estradas de ferro, de quem também logo se separou. Passou a sobreviver como professora de piano. A convite do famoso flautista Joaquim Antônio da Silva Callado (1848-1880), passou a integrar o Choro Carioca como pianista, tocar em festas e freqüentar o ambiente artístico da época. A estréia como compositora se deu em 1877, com a polca Atraente, composta de improviso durante roda de choro em casa do compositor Henrique Alves de Mesquita e publicada pela Viúva Canongia, Grande Estabelecimento de Pianos e Músicas. Por desafiar os padrões familiares da época, sofreu fortes preconceitos. Aperfeiçoou-se com o pianista português Artur Napoleão (1843-1925). Sua vontade de musicar para teatro levou-a a escrever partitura para um libreto de Artur Azevedo, Viagem ao Parnaso. A peça foi recusada pelos empresários.

Outras tentativas fracassaram, até que conseguiu, em 1885, musicar a opereta de costumes A Corte na Roça, encenada no Teatro Príncipe Imperial. Em 1889 promoveu e regeu, no Teatro São Pedro de Alcântara, um concerto de violões, instrumento estigmatizado àquela época. Foi uma ativa participante do movimento pela abolição da escravatura, vendendo suas partituras de porta em porta a fim de angariar fundos para a Confederação Libertadora. Com o dinheiro arrecadado na venda de suas músicas comprou a alforria de José Flauta, um escravo músico. Chiquinha Gonzaga também participou da campanha republicana e de todas as grandes causas sociais do seu tempo. Já era uma artista consagrada quando compôs, em 1899, a primeira marcha- rancho, Ó Abre Alas, verdadeiro hino do carnaval brasileiro.

Na primeira década deste século esteve algumas vezes na Europa, fixando residência em Lisboa por três anos. De volta ao Brasil deu uma contribuição decisiva ao teatro popular ao musicar, em 1912, a burleta de costumes cariocas Forrobodó, seu maior sucesso teatral. Em 1914 seu tango Corta-Jaca foi executado pela primeira- dama do país, Nair de Teffé, em recepção oficial no Palácio do Catete, causando escândalo político.

Em setembro de 1917, após anos de campanha, liderou a fundação da SBAT, sociedade pioneira na arrecadação e proteção dos direitos autorais. Aos 85 anos de idade escreveu a última partitura, Maria, com libreto de Viriato Corrêa. Sua obra reúne dezenas de partituras para peças teatrais e centenas de músicas nos mais variados gêneros: polca, tango brasileiro, valsa, habanera, schottisch, mazurca, modinha etc. Chiquinha Gonzaga faleceu aos 87 anos de idade, no dia 28 de fevereiro de 1935, no Rio de Janeiro.

DADOS CRONOLOGIA

1847 Nasce no Rio de janeiro a 17 de outubro.

1863 Casa-se com Jacinto Ribeiro do Amaral.

1864 Nasce seu primeiro filho: João Gualberto.

1865 Nasce sua filha Maria.

1866 Embarca com o marido no navio São Paulo, por este fretado, que transporta tropas para a Guerra do Paraguai.

1869 É homenageada pelo compositor Joaquim Antônio Callado com a polca "Querida por todos".

1870 Nasce seu terceiro filho, Hilário.

1875 Nasce Alice, sua filha com o engenheiro João Batista de Carvalho. Sofre processo de divórcio movido pelo marido no Tribunal Eclesiástico.

1877 Primeira obra editada: a polca Atraente, que em nove meses chega à 15ª edição.

1879 Começa a instrumentar, com autodidatismo.

1880 Anuncia-se publicamente como professora de várias matérias.

1883 Tentativa frustrada de musicar libreto de Arthur Azevedo (a produção teatral não aceita uma mulher como autora da música).

1885 Estréia como maestrina.

1888 Extinção da escravidão no Brasil, pela qual durante tantos anos Chiquinha Gonzaga lutara.

1889 - Proclamação da República, outro anseio da compositora.

1890 Nasce a primeira neta.

1891 Falecimento do pai.

1897 Falecimento de Rosa, sua mãe.

1899 Carnaval. Compõe Ó Abre Alas. Conhece João Batista, jovem português de 16 anos que seria seu companheiro até o fim da vida.

1902 Viaja para a Europa.

1904 Segunda viagem à Europa.

1906 Instala-se em Portugal.

1909 Retorno ao Brasil.

1911 Inicia intensa atividade musicando peças teatrais para os espetáculos por sessões dos cine-teatros da Praça Tiradentes (RJ).

1912 Estréia Forrobodó, seu maior sucesso teatral.

1913 Deflagra campanha em defesa pelo direito autoral dos compositores e teatrólogos.

1914 Lançamento, com grande sucesso, do tango Corta-Jaca.

1917 Participa da fundação da Sociedade Brasileira de Autores Teatrais.

1919 Grandeéxito da peça de costumes regionais Juriti.

1925 Recebe homenagens consagradoras da SBAT e reconhecimento do país inteiro.

1928 Seu filho João Gualberto morre em São Paulo.

1933 Aos 85 anos, escreve sua última partitura para teatro: Maria.

1934 Falecimento da filha Maria.

1935 Morre no dia 28 de fevereiro. Dois dias depois realiza-se o primeiro concurso oficial das escolas de samba.

Verbete biográfico e dados cronológicos retirados do livro "Chiquinha Gonzaga: uma história de vida", escrito por Edinha Diniz, em nova edição revista e atualizada. Jorge Zahar Editora, 2009.